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Julho Amarelo: mês de combate às hepatites virais.

A crescente proliferação das hepatites virais tornou-se um grave problema de saúde pública não apenas no Brasil, mas em escala mundial. Tratam-se de infecções que atingem o fígado e são responsáveis por causar alterações leves, moderadas ou muito graves. Por esse motivo, a campanha “Julho Amarelo” foi instituída no Brasil  em 2019, com a finalidade de reforçar as ações de conscientização, prevenção e vigilância para o controle da hepatite de todos os tipos.

A inflamação no fígado causada pela hepatite pode ocorrer devido a diferentes fatores: tanto pelo vírus, quanto pelo abuso de medicamentos, álcool e drogas de origens diversas; o indivíduo também pode ser acometido pela doença em decorrência de doenças autoimunes, metabólicas ou até genéticas.

Mas, o maior problema é que na maioria dos casos, a hepatite não apresenta sintomas, apenas em estágios mais avançados. Dentre os principais sintomas estão o cansaço, o mal-estar, a febre, a tontura, o enjoo, o vômito, as dores abdominais, a pele e os olhos amarelados, além da urina escura e as fezes claras. Devido ao fato dela se manifestar de maneiras variadas, a doença é classificada em 5 diferentes tipos:

Hepatite A: esta variação possui o maior número de casos, pois está relacionada às condições de saneamento básico e higiene local, trata-se da infecção mais leve, para a qual existe vacina e que se cura sozinha em alguns dias.

Hepatite B: a contaminação pela hepatite B ocorre por via sexual ou devido ao contato sanguíneo. A melhor chance de se prevenir contra esta variação é através da vacinação e pelo uso do preservativo.

Hepatite C: mantem-se até hoje como uma das maiores causas de transplantes de fígado, considerada uma das maiores epidemias já registradas, sendo cinco vezes maior que a própria AIDS/HIV. Seu principal foco de contaminação se dá pelo contato sanguíneo; está ligada ao desenvolvimento de cirrose, câncer de fígado e à morte, não há vacinas para esta variação da doença.

Hepatite D: neste caso, a hepatite D se desenvolve apenas em pessoas infectadas pela hepatite B; é causada pelo vírus VHD, conhecido como vírus Delta e pode ser combatida pela vacina contra hepatite do tipo B, já que uma é consequência da outra.

Hepatite E: diferente das demais formas de infecção, o vírus da hepatite do tipo E é transmitido por via digestiva – a chamada “transmissão fecal-oral” – por vezes, ela é responsável por pequenas epidemias em certas regiões, muitas vezes por alimentos contaminados ou mal higienizados. Entretanto, esta variação não se torna crônica, exceto quando se desenvolve em gestantes, podendo apresentar as formas mais graves da doença.

Para cada tipo de hepatite há inúmeras precauções recomendadas, mas no geral, o ideal é aderir hábitos diários equilibrados e saudáveis, lavar as mãos, usar preservativo durante as relações sexuais, não compartilhar seringas, lâminas ou objetos de uso pessoal; também procurar lavar bem os alimentos e utensílios e tomar cuidado ao fazer tatuagens ou piercings, pois materiais como agulhas devem ser de uso descartável.

O SUS oferece tratamento para todos os tipos de hepatite e você pode realizar testes periodicamente, a fim de realizar as intervenções com o máximo de antecedência, no caso de contrair a doença. O fato é que a melhor prevenção é a informação, a proteção e o autocuidado, se você tiver qualquer suspeita ou apresentar sintomas de hepatite, faça o teste! Sua saúde agradece.

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