O exame de eletroencefalograma em sono e vigília é um exame completo, que investiga todo o tipo de anormalidade envolvendo a atividade cerebral. Doenças neurológicas, psiquiátricas e distúrbios relacionados ao sono podem ser diagnosticados a partir dele. A captação dos registros se dá a partir de eletrodos que são colocados junto ao coro cabeludo do paciente. Para um diagnóstico mais completo, o exame pode ser realizado em sono e vigília, com duração de até 12 horas e a coleta de informações sobre a atividade elétrica com o paciente acordado e dormindo.
As base fisiológicas do eletroencefalograma ajudam a entender como o exame acontece e como gera os seus resultados. No EEG, são demonstradas oscilações em frequências de determinada rede de neurônios, como durante o sono, por exemplo. A atividade elétrica ocorre a partir de íons que, quando alcançam os eletrodos, tem as diferenças de voltagem registradas.
Mas, para que serve o exame de eletroencefalograma em sono e vigília?
Como registra a atividade cerebral no paciente, o exame de eletroencefalograma serve para investigar, confirmar ou monitorar possíveis doenças neurológicas. Também é utilizado na observação de alterações vasculares, de disfunções da consciência ou de qualquer outro distúrbio que possa afetar o sistema nervoso central, em especial o cérebro. Entre as indicações do EEG, está ainda a avaliação de pacientes com doenças psiquiátricas ou relacionadas à demência.
O que o eletroencefalograma pode diagnosticar?
São doenças psiquiátricas, neurológicas, incluindo infecções (como encefalites) e condições degenerativas (como transtornos de memória), transtornos convulsivos (como a epilepsia), distúrbios do sono (apneia, narcolepsia, insônia ou sonolência excessiva), distúrbios metabólicos e estruturais do cérebro. O exame também pode identificar possíveis causas reversíveis de dano cognitivo e contribuir com o prognóstico em determinados casos de coma. Sobre essa última aplicação, vale dizer ainda que um eletroencefalograma pode ser utilizado como exame do protocolo de morte encefálica.
Como funciona o eletroencefalograma em sono?
Como o nome indica, nessa modalidade, o eletroencefalograma realiza um estudo da atividade cerebral com registros coletados enquanto o paciente dorme. O principal objetivo desse EEG é detectar possíveis distúrbios relacionados ao sono. De forma geral, o exame costuma ser realizado em ambiente hospitalar, que conta com o ambiente e equipamentos adequados para os cuidados de saúde com o paciente.
Nesses casos, ele precisa passar a noite no local. Nas orientações pré-exame, o paciente pode ser solicitado a se privar do sono por um período maior. O objetivo é garantir que ele durma durante o EEG por tempo suficiente para o registro de seus impulsos elétricos cerebrais. Pela mesma razão, se necessário, pode ser aplicada sedação leve, o que ajuda o paciente a relaxar e a dormir.
Como o exame é indolor e não invasivo, é importante que ele esteja livre de qualquer preocupação e se preocupe apenas em dormir, como se estivesse na própria cama.
Como funciona o eletroencefalograma em vigília?
No eletroencefalograma em vigília, por sua vez, é revelada a atividade elétrica cerebral espontânea registrada quando o paciente está acordado. Esse é um exame de características bem diferentes do EEG em sono, pois o paciente contribui diretamente com os resultados. Conforme a recomendação médica, que varia de acordo com a suspeita clínica, ele pode ser solicitado a executar uma série de atividades, porém todas simples.
Como exemplo, abrir e fechar os olhos ou respirar de forma rápida durante um determinado período de tempo.O EEG em vigília tem duração estimada em 20 a 40 minutos e é bastante útil para a identificação da maioria das anormalidades relacionadas ao cérebro.
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