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Março fala sobre as doenças renais

Março é marcado pela campanha Março Azul Marinho, que fala sobre a conscientização das doenças renais crônicas. Ela está associada a duas doenças de alta incidência na população brasileira: hipertensão arterial e diabetes.

Como o rim é um dos responsáveis pelo controle da pressão arterial, quando ele não funciona adequadamente há alteração nos níveis de pressão. A mudança dos níveis de pressão também sobrecarrega os rins. Portanto, a hipertensão pode ser a causa ou a consequência da disfunção renal, e seu controle é fundamental para a prevenção da doença.

Já a diabetes pode danificar os vasos sanguíneos dos rins, interferindo no funcionamento destes órgãos, que não conseguem filtrar o sangue corretamente. Mais de 25% das pessoas com diabetes tipo I e 5 a 10% dos portadores de diabetes tipo II desenvolvem insuficiência renal.

Outras causas são: nefrite (inflamação dos rins), cistos hereditários, infecções urinárias frequentes que danificam o trato urinário e doenças congênitas.

Sintomas:

A progressão lenta da doença permite que o organismo se adapte à diminuição da função renal. Por isso, muitas vezes, a doença não manifesta sintomas até que haja um comprometimento grave dos rins, com perda de até 90% de sua função. Nesses casos, os sinais são:

– aumento do volume e alteração na cor da urina;
– fadiga;
– dificuldade de concentração;
– diminuição do apetite;
– sangue e espuma na urina;
– incômodo ao urinar;
– inchaço nos olhos, tornozelos e pés;
– dor lombar;
– anemia;
– fraqueza;
– enjôos e vômitos;
– alteração na pressão arterial.

Funções dos rins:

  • limpar todas as impurezas e as toxinas de nosso corpo;
  • regular a água e manter o equilíbrio das substâncias minerais do corpo (sódio, potássio e fósforo);
  • liberar hormônios para manter a pressão arterial e regular a produção de células vermelhas no sangue;
  • ativar a vitamina D, que mantém a estrutura dos ossos.

Principais causas da insuficiência renal aguda:

  • choque circulatório;
  • sepse (infecção generalizada);
  • desidratação;
  • queimaduras extensas;
  • excesso de diuréticos;
  • obstrução renal;
  • insuficiência cardíaca grave;
  • glomerulonefrite aguda (inflamação nos glomérulos – unidades filtrantes do rim).

Diagnóstico:

A disfunção renal pode ser identificada por meio de dois exames: um de análise da urina e outro de sangue. O primeiro identifica a presença de uma proteína (albumina) na urina, e o exame de sangue verifica a presença de outra, a creatinina.

Tratamento:

Não existe cura para a doença renal crônica, embora o tratamento possa retardar ou interromper a progressão da doença e impedir o desenvolvimento de outras condições graves. A insuficiência renal pode ser tratada com medicamentos e controle da dieta. Nos casos mais extremos pode ser necessária a realização de diálise ou transplante renal, como terapêutica definitiva de substituição da função renal.

Prevenção:

O primeiro passo é prevenir o desenvolvimento da hipertensão arterial e controlar a diabetes, doenças que mais levam à insuficiência renal.

  • conhecer o histórico de doenças da sua família;
  • controlar os níveis de pressão;
  • realizar avaliação médica anual, principalmente após os quarenta anos;
  • seguir uma dieta equilibrada, com baixa ingestão de sal e de açúcar;
  • controlar seu peso;
  • exercitar-se regularmente;
  • não fumar;
  • se fizer uso de bebidas alcoólicas, que seja de forma moderada;
  • monitorar seus níveis de colesterol;
  • evitar o uso de medicamentos sem orientação médica.

 

Fonte: Ministério da Saúde

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