A histerossalpingografia serve para verificar a permeabilidade das trompas de Falópio. Este é um exame indicado em casos de infertilidade ou antes de uma Inseminação Artificial, ou para outro diagnóstico de doença uterina e/ou tubar.
Trata-se de um meio complementar de diagnóstico que permite avaliar a permeabilidade das trompas e a cavidade uterina, através da injeção de uma pequena quantidade de contraste através do colo do útero. ⚠ A função deste contraste é permitir a visualização da cavidade uterina e trompas através do uso de um aparelho de Raio X.
Como se faz a histerossalpingografia?
O exame é feito por um médico numa sala ou laboratório, de radiologia, isto porque as imagens colhidas são baseadas em Raio X (RX) convencional. O procedimento usado (aquisição de imagem de Raio X em tempo real, ou por vídeo) é habitualmente referido por fluoroscopia.
A preparação começa com o exame ginecológico e exposição do colo do útero e desinfeção local. Dependendo do material usado para instilar o contraste, poderá ser usada uma cânula metálica ou cateter plástico (descartável) e, frequentemente, uma pinça no colo do útero, para ajudar a expor o útero e melhorar a qualidade das imagens.
Quanto tempo demora o exame?
A histerossalpingografia é um exame de execução rápida. Em média, a duração do exame é de apenas 30 a 40 segundos. Por vezes, especialmente em casos de obstrução, é necessário prolongar alguns segundos a realização do exame.
Quando não deve fazer o exame?
Apesar de ser seguro, o exame deve ser realizado em situações em que exista uma probabilidade alta da mulher beneficiar do estudo.
Infertilidade, sobretudo de causa desconhecida ou indicação para inseminação artificial são algumas das indicações para o realizar. Dadas as contraindicações e o facto de ser um exame invasivo (que tem risco de algumas complicações e pode ser doloroso) deve sempre ser preferencialmente pedido por um ginecologista.
Algumas contraindicações à realização do exame, que serão avaliadas pelo médico, poderão ser:
-Suspeita de infeção vaginal, uterina, nas trompas ou ovários (pélvica) ou Doença Inflamatória Pélvica (DIP);
-Alergia prévia a contrastes radiológicos ou aos excipientes;
-Possibilidade de estar grávida;
-Menstruação ou hemorragia não estudada.
Os resultados da histerossalpingografia são especialmente utilizados para ajudar o ginecologista a identificar a causa de infertilidade, no entanto, também podem ser utilizados para diagnosticar outros problemas quando a mulher apresenta resultados alterados.