O contraste é utilizado em alguns tipos de exames, e consiste em substâncias que permitem uma melhor avaliação de certas estruturas do organismo, que ajudam a realçar lesões e preencher vasos do corpo. Em alguns casos ele se torna indispensável para se obter um diagnóstico mais preciso. É importante lembrar que o uso do contraste é recomendado pelo médico radiologista para tornar alguns exames por imagem mais sensíveis. Em tomografias e ressonâncias, o produto pode evidenciar problemas em regiões vascularizadas. O contraste pode ser aplicado no paciente por via oral, retal, vaginal e, principalmente, endovenosa, e pode ser utilizado no diagnóstico de qualquer parte do corpo, mas é especialmente importante nos exames de crânio, abdômen (pelve) e para analisar os vasos.
Os contrastes dos exames de radiologia e diagnóstico por imagem são basicamente fabricados com três substâncias de diferentes utilidades: o bário, iodo e gadolínio. Em raio-X e tomografia usa-se à base de bário ou iodo, e em ressonância à base de gadolínio. Contrastes à base de bário são utilizados por via oral, em exames onde há a necessidade de mostrar melhor o tubo digestivo (esôfago, estômago e intestino). Os contrastes à base de iodo podem ser utilizados por via oral ou na veia. Quando ingerido por via oral, servem para a análise do tubo digestivo. Quando aplicados na veia, são para melhorar o diagnóstico de órgãos internos, bem como veias, artérias e alguns tipos de lesões. Já os contrastes à base de gadolínio são utilizados apenas na veia e servem para demonstrar melhor algumas lesões nos órgãos internos, veias e artérias.
Possíveis reações e sintomas
Contraste a base de bário – dificilmente causam efeitos colaterais. O único “problema” é o sabor desagradável, que pode ser disfarçado misturando-se com algum suco.
Contraste a base de iodo – ao serem injetados na veia – eventualmente podem causar algumas sensações, que são consideradas inexpressivas como: calor no corpo, leve aceleração dos batimentos cardíacos, vontade de urinar, náuseas, vômitos e gosto ruim na boca. Além destas sensações consideradas normais, às vezes podem ocorrer reações alérgicas que, em geral, são leves (vermelhidão na pele e coceira), mas podem – mais raramente – desencadear reações graves como edema de glote e parada cardiorrespiratória. Além disso, em pessoas com asma, estes contrastes também podem desencadear crise de falta de ar.
Contraste a base de gadolínio – são muito seguros e dificilmente causam alergias. Eventualmente, podem ocorrer reações leves (vermelhidão e coceira) e raramente alergias graves (edema de glote e parada cardiorrespiratória).
Recomendações pré-exames e contraindicações
Para a segurança do paciente, é necessário que esteja em jejum para a aplicação de contrastes à base de iodo e gadolínio. O contraste iodado é o que mais está relacionado a alergias. Caso o paciente tenha alergia a alimentos, medicações, histórico de asma ou qualquer outra ocorrência de sintomas em exames anteriores com contraste, estas situações devem ser informadas ao médico antes da realização de um novo exame. Em casos específicos, pode-se usar medicação antialérgica antes do exame para reduzir o risco de alguma reação. Importante lembrar que esta medição antialérgica deve sempre ser prescrita por um médico especialista.
A principal contraindicação ao uso de contraste é a presença de insuficiência renal, pois o contraste com iodo pode ser tóxico ao tecido renal, piorando a função do rim. Em pacientes com esta função já reduzida, o contraste à base de gadolínio pode desencadear lesões de pele e em outros órgãos, decorrentes de fibrose sistêmica. Além disso, também estão contraindicadas pessoas com histórico de reação alérgica grave ao contraste (edema de glote e parada cardiorrespiratória) em exames anteriores.